Muitos alunos em geometria descritiva têm, por vezes, em dupla projecção ortogonal, alguma dificuldade de visualização de sólidos no espaço. Para esses torna-se algo difícil a percepção das visibilidades e invisibilidades de um sólido.
Para esses sumarizei algumas regras base. Mas atenção, estas regras são falíveis, são apenas uma ajudar para ajudar na visualização do objecto.
Para esses sumarizei algumas regras base. Mas atenção, estas regras são falíveis, são apenas uma ajudar para ajudar na visualização do objecto.
Para demonstrar a aplicação das regras vamos seguir este exercício de uma pirâmide pentagonal oblíqua assente num plano horizontal (de nível).
Regra 1 – O contorno é sempre visível.
Começando pela projecção frontal (a “de cima”, os “2’s”), vamos unir os pontos do contorno, neste caso C2, V2 e A2.
Regra 2 – O ponto mais longe do eixo de x (na outra projecção) é sempre visível, logo todas as rectas e arestas que passam por ele também são visíveis.
Agora, que estamos a desenhar as invisibilidades na projecção frontal, vamos olhar para a projecção horizontal, e ver que o ponto mais distante do eixo de x é o ponto B (neste caso o B1), assim sabemos automaticamente que a aresta B2-V2 é visível.
Regra 3 – O ponto mais perto do eixo de x (na outra projecção) é sempre invisível, todas as rectas e arestas que passam por ele também são invisíveis, excepto se infringirem alguma das regras anteriores.
Podemos ver que o ponto mais perto do eixo de x é o ponto E (neste caso o E1), logo, e porque não infringe nenhuma das regras anteriores, a aresta E2-V2 é invisível.
Regra 3 – O ponto mais perto do eixo de x (na outra projecção) é sempre invisível, todas as rectas e arestas que passam por ele também são invisíveis, excepto se infringirem alguma das regras anteriores.
Podemos ver que o ponto mais perto do eixo de x é o ponto E (neste caso o E1), logo, e porque não infringe nenhuma das regras anteriores, a aresta E2-V2 é invisível.
Regra 4 – Aqui torna-se tudo mais difícil, continuando a desenhar as invisibilidades na projecção frontal vamos ver quais os pontos do contorno, neste caso são os pontos C2, V2 e A2. Vamos olhar para a projecção horizontal e perceber que os pontos do contorno (C1 e A1) definem o que é visível e invisível, ou seja os pontos que estejam mais perto do eixo de x são invisíveis, e os que estejam mais distantes do eixo de x são visíveis, isto partindo claro dos pontos de contorno.
Seguindo esta regra percebemos que os pontos D2 e E2 (e as respectivas arestas) são invisíveis, e que o ponto A2 (e a sua respectiva aresta) é visível.
Esta regra pode ser usada em substituição das regras 2 e 3.
Concluídas as visibilidades e invisibilidades na projecção frontal, passamos para a projecção horizontal, e aplicamos a regra 1 (o contorno é sempre visível).
Agora seguindo a regra 2 (ou 4) vemos que o ponto V2 é o mais distante do eixo de x, logo o ponto V1 e todas as rectas e arestas que por ele passam também são visíveis.
Concluímos assim estas visibilidades e as invisibilidades. Novamente menciono que estas regras são falíveis (por vezes resultam soluções erradas), são apenas uma ajudar para ajudar na visualização, e devemos sempre procurar perceber como é que se encontra a figura no espaço e deste modo traçar as visibilidades e as invisibilidades .
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