contactos
.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Nova Colaboradora: Novas Explicações


Disciplinas lecionadas

1º Ciclo: Português, Estudo do meio e Matemática

2º Ciclo: língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia de Portugal, Inglês, Ciências da natureza

3º Ciclo: Língua Portuguesa, Inglês, História, Geografia e Ciências naturais

Secundário:  Português, filosofia, Inglês, Biologia e Geologia

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Rectas pertencentes a planos

Uma recta pertence a um plano quando:

(estando o plano definido pelos seus traços horizontal e frontal)

_ Os traços da recta (os pontos H e F) pertencerem aos respectivos traços do plano (caso geral, fácil);

_ Caso a recta não possua traço horizontal, a recta deverá conter um ponto do plano (por exemplo o seu ponto F) e a projecção horizontal da recta será paralela ao traço horizontal do plano (rectas horizontais e de topo);

_ Caso a recta não possua traço frontal, a recta deverá conter um ponto do plano (por exemplo o seu ponto H) e a projecção frontal da recta será paralela ao traço frontal do plano (rectas frontais e verticais);

_ Caso a recta não possua traço horizontal e frontal, ambas as projecções serão paralelas aos respectivos traços do plano mas a recta deverá sempre conter um ponto do plano (por exemplo, ser concurrente com outra recta do plano (rectas fronto-horizontais).

(estando o plano está definido por 2 rectas, concorrentes ou paralelas.
Se o plano estiver definido por 3 pontos não colineares, ou por um ponto e uma recta, devemos começar por fazer duas rectas paralelas ou duas rectas concorrentes)

_ A recta é concorrente com duas rectas do plano (ou que contenha 2 pontos do plano, que é a mesma coisa);

_ A recta é concorrente com uma recta do plano e paralela a outra.


Existem um número infinito de rectas pertencentes a cada plano, por isso para resolver exercícios de pertença existem, muitas vezes, muitos caminhos que se podem percorrer até à solução, mas a solução será apenas uma.

Podem exprimentar resolver o mesmo exercício utilizando diferentes rectas ou diferentes regras de pertença e verão que o resultado final é o mesmo.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Correcção do Exame de Geometria Descritiva 2011 - 1.ª Fase

Este exame não apresentava exercícios de muita complexidade, e retirando o 3.º exercício, que era um pouco mais complexo, pois os dados não eram imediatos, podemos dizer que o exame era muito acessível

As resoluções apresentadas são apenas propostas de resolução. Existem muitos métodos de resolver cada exercício mas a solução final terá que ser igual à apresentada, mas vamos ao exame.

Exercício 1 _____________________________

1. Determine as projecções do ponto I, traço da recta b, no plano bissector dos diedros pares (β2,4).

Dados 
- a recta b é paralela ao plano δ;

- a recta b contém o ponto P (-7; 7; -2);

- a projecção horizontal da recta b faz um ângulo de 45º, de abertura para a direita, com o eixo x;

- o plano δ está definido pelos pontos R(3; 6; 3), S (0; 6; 5) e T (-3; 1; 5).


Resolução
1. Marcar os dados do exercício, os pontos e a projecção horizontal da recta b.
2. Marcar 2 rectas, neste caso concorrentes no ponto S. Estas rectas vão definir o plano.

3. Marcar uma recta do plano (a recta b’) paralela à recta a, pois uma recta para ser paralela a um plano tem que ser paralela a uma recta do plano. Para a recta b’ ser do plano basta ser concorrente com as duas rectas do plano, neste caso nos pontos A e B.

4. Marcar a projecção frontal da recta b, paralela à projecção frontal da recta b’ e encontrar o ponto I, do plano bissector dos diedros pares (β2,4). Não esquecer que um ponto do β2,4 possui as suas projecções coincidentes.


Exercício 2 _____________________________

2. Determine, graficamente, a amplitude do ângulo formado pelas rectas a e p.

Dados
- as rectas a e p são concorrentes no ponto C (0; 4; 5);

- o ponto F, traço frontal da recta a, tem 8 de abcissa e -3 de cota;

- a recta p é de perfil;

- o ponto H, traço horizontal da recta p, tem 8 de afastamento.


Resolução
1. Marcar os dados do exercício, os pontos e as rectas a e p.

2. Como se trata de um ângulo entre duas rectas concorrentes, vamos utilizar um plano frontal para rebater ambas as rectas. A nossa maior dificuldade prende-se com o facto da recta p ser de perfil, mas para circundar esta dificuldade vamos passar o nosso plano frontal por um ponto conhecido da recta de perfil, neste caso pelo ponto H (não se deve passar o plano pelo ponto de concorrência pois aumenta o trabalho).

Encontrar os pontos de concorrência da recta e com ambas as rectas e vamos obter a projecção frontal da recta e.

 3. A projecção frontal da recta e é a nossa charneira do rebatimento (eixo do rebatimento) logo todos os pontos que ela contem já se encontram rebatidos. Agora basta apenas rebater o ponto C com o triangulo do rebatimento.
4. Encontrar as rectas a e p rebatidas e marcar o ângulo.
 
Exercício 3 _____________________________

3. Represente, pelas suas projecções, um prisma triangular regular, situado no 1.º diedro.

Identifique, a traço interrompido, as arestas invisíveis.

Dados
- as bases do prisma estão situadas em planos oblíquos, perpendiculares ao plano bissector dos diedros impares (β1,3);

- a base [ABC] está contida no plano α, cujo traço horizontal faz um ângulo de 40º, de abertura para a direita, com o eixo x;

- o ponto A (1; 3; 0) é um dos vértices da base referida;

- o ponto O’ (3; 10; 9) é o centro da outra base.


Resolução
1. Marcar os dados do exercício, os pontos O’ e A e os traços do plano.
 

2. Tratando-se de um prisma regular, as bases são perpendiculares ao eixo, então para obtermos o ponto O passamos uma recta (e) perpendicular ao plano oblíquo. E vamos encontrar o ponto de intersecção dessa recta com o plano oblíquo. Para isso vamos marcar um plano projectante que contenha a recta, vamos encontrar os traços da recta i, vamos marcar a recta i e depois vamos intersectar a recta i com a recta e e deste modo vamos obter o ponto O.


 

3. Vamos rebater o plano obliquo, e os pontos A e O, este ultimo com auxilio de uma recta frontal (d)
 

 

4. Com o ponto A e O rebatidos vamos marcar o nosso triângulo.



 
5. Agora, com auxilio de rectas frontais, vamos contra-rebater os pontos B e C.



6. Marcamos ambas as projecções do triângulo.




7. A altura do sólido não sabemos, mas sabemos a distância que vai desde O a O’, como tal basta fazer rectas paralelas ao eixo e com a distancia do O ao O’ (na projecção frontal vamos usar a distancia de O2 a O’2 e na projecção horizontal vamos usar a distância O1 a O’1).
Marcar as visibilidades e invisibilidades.

 


 
Exercício 4 _____________________________


4. Construa uma representação axonométrica obliqua (clinogonal), em perspectiva cavaleira, de um sólido composto por uma pirâmide quadrangular obliqua de base regular e por um cilindro de revolução.

Ponha em destaque, no desenho final, apenas o traçado as linhas visíveis do sólido resultante.

Dados 

Sistema axonométrico:

- o eixo axonométrico y faz ângulos de 135º com os eixos axonometricos x e z;

- as projectantes fazem ângulos de 60º com o plano axonométrico.

Nota – Considere os eixos orientados em sentido directo: o eixo z, vertical, orientado positivamente, de baixo para cima, e o eixo de x, orientado positivamente, da direita para a esquerda.

Piramide quadrangular obliqua de base regular:
- a base está situada no plano coordenado horizontal Xy;

- o ponto R com 3 de abcissa e 4 de afastamento e o ponto S com 10 de abcissa e 4 de afastamento definem a aresta de menor afastamento da base;

- a face [RSV] é um triangulo isósceles paralelo ao plano coordenado frontal zx;

- o ponto V com 8 de cota é o vértice da pirâmide.

Cilindro de revolução:
- uma base está situada no plano coordenado frontal zx;

- o raio das bases mede 3 cm;

- o ponto V é o centro da base de maior afastamento.


Resolução
1. Marcar os dados do exercício, nomeadamente os eixos axonométricos. E, neste caso, vou optar por rebater o plano axonométrico xy (era apenas necessário rebater o eixo de y, pois como vão poder constatar a figura era relativamente simples).




2. Marcar os pontos R e S rebatidos e desenhar o quadrado [RSTU].







3. Contra-rebater todos os pontos da base da pirâmide, fazendo paralelas ao eixo de yR, depois ao eixo de y e finalmente paralelas à recta de afinidade (d).







4. Fazer a face [RSV], bastando para isso encontrar o ponto médio da aresta [RS] e subir (directamente) os 8 de cota, para obtermos o ponto V.







5. Marcar a totalidade da pirâmide, fazer um círculo com 3 cm de raio com centro no ponto V (pois as bases do cilindro são paralelas ao plano axonométrico xz, logo estão em verdadeira grandeza), marcar o centro da outra base e carregar todo o conjunto (apenas o que está visível)

 

 

Não se esqueçam que há múltiplas soluções para cada exercício, logo se o vosso exercício estiver diferente das soluções apresentadas não desesperem. 

Espero que os exames tenham corrido bem e boa sorte a todos.


FIM

sexta-feira, 11 de março de 2011

Questão - tipos de secções

Por exemplo num exercício pedem o sólido ou figura resultante do corte, e eu faço o percurso todo do exercício a traço leve, mas faço a traço médio o sólido e a traço forte a figura ou sólido e as suas projecções ou V.G não é? Aquele tracejado é apenas quando é visível nas duas projecções?

Margarida S.
_________________________________________________________

Olá Margarida.

Para exclarecer algumas dúvidas, os exercícios de secções podem ser divididos em dois tipos:
_ Os que pedem a figura da secção;
_ Os que pedem o sólido resultante.

No primeiro tipo, faz-se a secção mas o sólido permanece intacto (pode-se desenhar e riscar a traço grosso o sólido, pois faz parte da solução), aqui poderá haver partes da secção invisíveis, pois estão escondidas pelo sólido. Nestes casos, muitas vezes, pedem a verdadeira grandeza da secção (será necessário rebater o plano de corte e todos os pontos da secção) e essa verdadeira grandeza deve ficar a traço grosso, pois faz parte da solução.

No segundo tipo, quando o exercício pede o sólido resultante da secção é como o sólido fosse cortado e parte dele “comido”, essa parte não está lá, e se não está, não se desenha (a parte que desaparece ficará desenhada apenas com o traçado de construção, leve).
Ambas as projecções do sólido resultante, o que inclui as arestas do sólido inicial (mas cortadas) mais a figura da secção, serão a traço forte (pois é a solução pedida). E neste caso (no secundário é sempre assim) numa ou em ambas as projecções a figura da secção é visível, e neste caso aplica-se o tracejado.

Espero ter ajudado e bom estudo.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Questão - visibilidades nas secções

Sou aluna de geometria descritiva e estou com dificuldades em perceber as invisibilidades e visibilidades mas na parte das secções. Dos sólidos já percebi, agora das secções... Quando são visíveis e invisíveis, não percebo nada. E quando se faz aquele tracejado na figura?

Margarida S.
_________________________________________________________

Olá Margarida.

Começando pelo final.

O tracejado apenas se faz quando pedem o sólido resultante da secção e a figura da secção é visível em projecção horizontal (tracejado "em baixo"), em projecção frontal (tracejado "em cima") ou em ambas (tracejado "em cima" e "em baixo").

Sobre a visibilidade e invisibilidade da secção posso dar-lhe algumas dicas:
_ Se um ponto da secção está sobre uma aresta invisível quer dizer que esses dois troços da secção serão invisíveis;
_ Se um ponto da secção está sobre uma aresta visível podemos assumir que os dois troços da secção serão visíveis;
_ Se um ponto da secção está sobre uma aresta do contorno aparente da figura significa que um troço da secção é visível e outro será invisível, terá que fazer outros pontos primeiro para saber qual é visível e qual é invisível, ou seja, sempre que o contorno da secção for visível e tocar no contorno aparente da figura torna-se invisível, e vice-versa.

Espero ter ajudado e bom estudo.