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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Alfabeto Grego

Para os alunos de Geometria Descritiva (e não só) apresento o seguinte quadro com a indicação do alfabeto grego, alfabeto esse utilizado (em Geometria Descritiva) quando da representação dos traços dos planos.

Os traços dos planos indicam-se com um 'h', 'f' ou 'p' minúsculos e uma qualquer letra grega, também minúscula.



Não sendo possível (nem necessário) decorar todo o alfabeto grego, apenas memorizem 4 a 5 letras minúsculas gregas para usar nos exercícios.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Novos professores, novas disciplinas

Em breve novos professores irão juntar-se a nós. Isso quer dizer que mais disciplinas estarão disponíveis para os interessados nas nossas explicações.

No intuito de melhorar a nossa oferta lectiva e atrair melhores profissionais houve necessidade de retocar os nossos preços. Mas também as nossas promoções.

Mais novidades em breve.

Um ponto pertence a um plano quando?

Um ponto pertence a um plano quando pertence a uma recta do plano.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ano Lectivo de 2009/2010

Esta altura marca o início das aulas para cerca de um milhão e meio de alunos, é o regresso ao acordar cedo, ao dia cheio de aulas, às toneladas de trabalhos de casa, aos testes, mais trabalhos de casa, trabalhos de grupo, prazos de entregas, trabalhos de casa, notas, avaliações…

Com o novo ano, vêem também novos desafios, capazes de nos pôr à prova. Conte com o nosso apoio para os enfrentar e mais importante para os superar.

Não deixe a matéria ficar para trás junte-se a nós.

As nossas explicações funcionam consoante as necessidades de cada aluno, podem ser individuais ou em grupo. Com um programa adaptado às necessidades de cada aluno, baseado numa relação de confiança e em desafios que permitem aos alunos atingir os seus objectivos.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Correcção do Exame de Geometria Descritiva 2009 - 2.ª Fase

Esta prova foi um pouco mais difícil que a da primeira fase, pois, apesar da ausência de um exercício muito difícil, a ausência de um exercício fácil poderá prejudicar as notas de alguns alunos.
Mas vamos ao exame.

1.ª Questão:
Determine as projecções da recta de intersecção, i, do plano oblíquo π com o plano passante θ.
Dados:
– o plano π intersecta o eixo x no ponto com 5 de abcissa;
– os traços horizontal e frontal do plano π fazem, respectivamente, ângulos de 50º e de 30º, ambos de abertura para a direita, com o eixo x;
– o plano θ é definido pelo eixo x e pelo ponto P (0; 3; 6).

Resolução:

Neste exercício a marcação dos dados é directa.
Resolveu-se o exercício do seguinte modo:
1) Passou-se uma recta de perfil (a) que pertencesse ao plano oblíquo;
2) Achou-se a terceira projecção da recta a e o traço do plano passante;
3) Usando a 3.ª projecção achou-se a intersecção entre a recta a e o plano passante (ponto I);
4) Passou-se a recta de intersecção (i) contendo o ponto I e os pontos F’ e H’, pois estes pontos são pontos que pertencem a ambos os planos

Nota: qualquer outra recta poderia ser usada para achar um ponto que pertencesse a ambos os planos, por isso o método de resolução pode variar. O resultado em si (as projecções da recta i) é que não deve ser diferente do apresentado.



2.ª Questão:
Determine, graficamente, a verdadeira grandeza da distância entre dois planos paralelos, α e β.
Dados:
– o traço frontal do plano α intersecta o eixo x no ponto com –10 de abcissa e faz um ângulo de 60º, de abertura para a esquerda, com esse mesmo eixo;
– o plano β contém os pontos M (6; 2; 3) e N (10; 7; –3).


Resolução:

(+) resolução em pdf - A4

Neste exercício optou-se pela marcação dos traços de ambos os plano, pois, não sendo necessário para a resolução do exercício, pensa-se que facilita a execução do exercício por parte dos alunos.
Procedeu-se à marcação dos dados do exercício, mas a marcação dos traços de ambos os planos poderá ser mais complicada, mas neste caso procedeu-se do seguinte modo:
1) Passou-se uma recta que contenha os pontos M e N (recta b do plano β);
2) Passou-se uma paralela à recta b (recta a) a pertencer ao plano α;
3) Achou-se os traços da recta a e marcou-se os traços do plano α;
4) Achou-se os traços da recta b (neste caso apenas o traço horizontal) e marcou-se os traços do plano β paralelos aos traços do plano α.

Para encontrar a distância entre estes dois planos usou-se o método geral:
1) Passar uma recta perpendicular a ambos os plano (recta r);
2) Passar um plano projectante pela recta (plano de topo π);
3) Intersectar os planos α e β com o plano π (vamos obter 2 rectas i, paralelas entre si);
4) Quando estas rectas i intersectam a recta r obtemos 2 pontos I;
5) Rebater ambos os pontos I (neste caso usando o plano de topo) para se obter a verdadeira grandeza.



3.ª Questão:
Represente, pelas suas projecções, uma pirâmide quadrangular regular, situada no 1.º diedro, de acordo com os dados abaixo apresentados.
Dados:
– a base [ABCD] está contida no plano oblíquo δ, que cruza o eixo x no ponto com 3 de abcissa;
– os traços, horizontal e frontal, do plano δ fazem, respectivamente, ângulos de 40º e 50º, ambos de abertura para a direita, com o eixo x;
– as diagonais da base medem 10 cm;
– o ponto A (1; 8) e o ponto C, que pertence ao traço horizontal do plano δ, definem a diagonal [AC];
– a pirâmide tem 12 cm de altura.


Resolução:

(+) resolução em pdf - A3

Este exercício, é possivelmente, o mais longo do exame, mas não necessariamente o mais difícil.
1) Marcou-se os dados do plano oblíquo (que contem a base da pirâmide);
2) Marcou-se o ponto A com o auxílio de uma recta horizontal (recta a);
3) Rebateu-se o plano oblíquo usando esta recta de nível;
4) Rebateu.se o traço frontal da recta a (a charneira do rebatimento é o traço horizontal do plano) e com ele o traço frontal do plano;
5) O ponto C é marcado no traço horizontal rebatido do plano distando 10 cm do ponto A rebatido.
6) Marcou-se o quadrado e contra-rebateu-se usando o método das rectas horizontais.


Agora a altura da pirâmide:
1) Pelo centro da figura (ponto Q) passou-se uma recta perpendicular aos traços do plano (recta e);
2) Passou-se um plano projectante pela recta e (neste caso um plano vertical);
3) Rebateu-se o plano vertical, a recta e e o ponto Q;
4) Marcou-se os 12 cm de altura na recta e rebatida (obtemos o V rebatido);
5) Contra-rebatemos o ponto V.


Marcamos, finalmente, o sólido.


4.ª Questão:
Construa uma representação axonométrica ortogonal de uma forma tridimensional composta por dois prismas regulares, de acordo com os dados abaixo apresentados.
Ponha em destaque, no desenho final, apenas o traçado das arestas visíveis do sólido resultante.
Dados:
Sistema axonometrico:
– dimetria:
a projecção axonométrica do eixo y faz 130º com a dos eixos x e z.
Nota: Considere os eixos orientados em sentido directo: o eixo z, vertical, orientado positivamente, de baixo para cima, e o eixo x, orientado positivamente, da direita para a esquerda.
Prisma quadrangular regular:
– a base [RSTU] é paralela ao plano coordenado horizontal xy;
– os pontos R (7; 9; 8) e S (7; 5; 8) definem uma aresta comum a essa base e à face de maior abcissa;
– a outra base está contida no plano coordenado horizontal xy.
Prisma hexagonal regular:
– as bases são paralelas ao plano coordenado frontal zx;
– o quadrado [RSTU] representa a face de menor cota deste prisma.

Resolução:

(+) resolução em pdf - A3

O mais complicado deste exercício seria conceber o sólido, mas assim que percebemos que o sólido é composto por um prisma quadrangular assente no xy com 8 cm de altura, que serve de base a um prisma hexagonal de bases paralelas ao plano xz, torna-se acessível.
Para rebater os planos axonometrico utilizou-se o método geral (já apresentado aqui)
1) marcação dos eixos e do triângulo fundamental;
2) fazer uma paralela a um lado do triangulo fundamental;
3) marcar os pontos X’r e Y’r;
4) dividir o segmento X’r Y’r ao meio;
5) fazer um semi-circulo (para o lado do “O”);
6) prolongar o eixo que não estamos a rebater para marcar o “Or”;
7) fazer os eixos axonométricos rebatidos.

Marcar os dados do exercício, tanto no plano xy como no xz e traçar a figura, fazendo palarelas ao z (no caso do plano xy) e paralelas ao y (no caso do plano xz).


FIM

As soluções propostas foram no intuito de compreendidas pelo maior número de alunos possível. Mas nem sempre é fácil, pois os que uns consideram mais claro, outros não o consideram. Não se esqueçam que há múltiplas soluções para cada exercício, logo se o vosso exercício estiver diferente das soluções apresentadas não desesperem.

Espero que os exames tenham corrido bem e boa sorte a todos.

domingo, 21 de junho de 2009

Boa sorte!

Amanhã já é o dia D, o dia do exame de geometria descritiva.
Amanhã por estas horas já estará o exame feito. Mas nesta altura estão uns preocupados se passam, outros preocupados se têm uma boa nota para subir a média (ou pelo menos não descer) e outros preocupados se fecharam a porta de casa...
Mas a todos desejo boa sorte!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Axonometria oblíqua - contra-rebatimento de um plano axonométrico

Na continuação da semana anterior (que pode ser consultada aqui) vamos agora marcar um ponto na perspectiva cavaleira.

Neste caso o ponto A (5;3;4) (abcissa – paralela ao x; afastamento – paralela ao y; cota – paralela ao z).

1.º passo – seguir os pontos 1 a 6 da semana anterior

2.º passo – marcar a abcissa e o afastamento
Como os eixos xr e o eixo y já se encontram em verdadeira grandeza (o x houve necessidade de o rebater) é só marcar 5 no eixo xr e 3 no eixo y. Qunado os cruzamos iremos obter o ponto A rebatido (Ar).


3.º passo – (o rebatimento propriamente dito) fazer uma paralela ao eixo xr até ao y
Não é necessário fazer uma paralela ao eixo que está rebatido, mas em termos de rigor é melhor assim, e além disso ficam desde já com um método.


4.º passo – fazer uma paralela ao eixo de x (o normal, sem ser rebatido)
Quando o traço descrito anteriormente tocou no eixo y fazemos uma paralela ao x.


5.º passo – fazer uma paralela à recta de afinidade (d)
A partir do ponto Ar fazemos uma paralela à recta d, quando esta cruzar com a recta paralela ao x iremos ter o ponto A, mais correctamente a projecção horizontal do ponto A (pois o ponto tem 4 cota, não está contido no plano xy).


6.º passo – marcar a cota do ponto A
Como o eixo z está já em verdadeira grandeza, basta agora a partir de A1 marcar uma paralela ao z com os 4 de cota. E obtemos o ponto A.

Com outros ângulos entre os eixos axonométricos, com outra perspectiva oblíqua, o método mantêm-se, com as respectivas alterações, tendo especial atenção aos eixos em verdadeira grandeza e o eixo axonométrico que temos que rebater.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Axonometria oblíqua - rebatimento de um plano axonométrico

Anteriormente já falamos das axonometrias, dos seus usos e aplicações, e, nessa altura falamos sobre as perspectivas ortogonais (isométrica, dimétrica e trimétrica ou anisométrica), agora vamos falar das perspectivas oblíquas.

Relembro (e espero estar só a relembrar) que nas perspectivas cavaleiras os eixos axonométricos x e z ou y e z são perpendiculares, fazem 90º e nas perspectivas militares os eixos perpendiculares são sempre o x e y, mas, com as devidas alterações, o método de rebatimento é idêntico.

Neste caso iremos tratar especificamente de uma perspectiva cavaleira

1.º passo - marcação dos eixos.
Os ângulos dos eixos são marcados segundo os dados do exercício (tendo em atenção que o eixo z é vertical, o x para a esquerda e o y para a direita).

2.º passo – fazer uma perpendicular ao eixo axonométrico que iremos rebater.Neste caso vamos rebater o plano axonométrico xy. Devemos fazer a perpendicular (x’r) para o lado que não interfira com o desenho final.
3.º passo – fazer uma paralela ao outro eixo axonométrico do plano axonométrico que iremos rebater.
Como iremos rebater o plano axonométrico xy, vamos usar o nosso eixo y (que já se encontra rebatido) e fazer uma paralela a ele (xr) e assim teremos o plano xy rebatido. De notar que o desenho rebatido ficará para o lado inferior direito do O.
4.º passo – fazer uma projectante com o ângulo indicado.
Neste caso as projectantes fazem 60º com o plano axonométrico. Iremos então marcar, num sitio qualquer (há quem prefira marcar logo uma medida), os 60º com o eixo de x verdadeiro até “bater” na perpendicular ao x (x’r). Importante relembrar que o ângulo das projectantes é sempre marcados com o eixo que estamos a rebater e que as projectante são uma medida de redução, então a distancia do O será sempre maior no x’r do que no x.
5.º passo – passar a medida do x’r para o xr.
Com o bico do compasso no O abrir até à marcação feita pela projectante no x’r e traçar até ao xr (é agora que poderia fazer sentido usar logo uma medida).

6.º passo – marcar a recta de afinidade (d).Unindo o ponto onde começamos a marcar a projectante e o ponto no xr temos a recta de afinidade (d). esta recta é importante pois reduz o traçado do contra rebatimento.
Com o plano axonométrico rebatido e com a nossa recta de afinidade marcada já poderemos marcar os pontos e fazer a nossa figura em verdadeira grandeza.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Datas dos Exames Nacionais do Ensino Secundário

Dia 16 de Junho inicia-se a 1.ª fase dos exames nacionais.
Muitos de vós já não têm aulas e encontram-se em fase de preparação para os exames, alguns exames serão difíceis, outros exames… serão ainda mais difíceis…
Aproveito para relembrar algumas datas:

1.ª fase (de 16 a 23 de Junho):
> 18 de Junho (5.ª feira) pelas 9h00 – Desenho A (706)
> 19 de Junho (6.ª feira) pelas 17h00 – História da Cultura e das Artes (724)
> 22 de Junho (2.ª feira) pelas 14h00 – Geometria Descritiva A (708)

2.ª fase (de 13 a 16 de Julho):
> 13 de Julho (2.ª feira) pelas 14h00 – Desenho A (706)
> 14 de Julho (3.ª feira) pelas 17h00 – História da Cultura e das Artes (724)
> 15 de Julho (4.ª feira) pelas 14h00 – Geometria Descritiva A (708)

(+) informações sobre as datas

sábado, 30 de maio de 2009

Axonometria ortogonal – rebatimento de um plano axonométrico

Morfologia da palavra: Axonometria = Axon (eixo) + metreo (medida).

A perspectiva axonométrica, também chamada de perspectiva paralela ou axonometria é um tipo de projecção cilíndrica em que as figuras são referendadas a um sistema ortogonal de três eixos que formam um triedro.

As perspectivas axonométricas são amplamente utilizadas nos mais diversos campos, na arquitectura, na engenharia, no design de equipamento, na ilustração de instruções de montagem (como os manuais de montagem do IKEA), entre outros. Isto é devido à simplicidade de construção, ao facto de proporcionar imagens semelhantes às da perspectiva exacta e ainda assim mantendo alguma exactidão, exactidão essa muitas vezes necessária nas áreas técnicas mencionadas (claro que montar um móvel do IKEA pode não parecer uma tarefa muito técnica, mas que os desenhos ajudam, ajudam. E mesmo com os desenhos considero sorte ver que o nosso móvel acabadinho de montar se parece com o que estava no catalogo).
Exemplo de uma ilustração (axonométrica) do IKEA

Algumas aplicações usuais da axonometria são as perspectivas dos interiores das habitações, perspectivas de pormenores construtivos, como coberturas, instalações hidráulicas, eléctricas entre outras, e perspectivas de peças de design, como mobiliário e outro equipamento.

As perspectivas axonométricas são classificadas em dois tipos:

  1. Axonometria oblíqua (perspectivas: militar e cavaleira);
  2. Axonometria ortogonal (perspectivas: isométrica, dimétrica e trimétrica ou anisométrica).
Neste post vamos falar do rebatimento dum plano axonométrico (neste caso o xy) de uma axonometria ortogonal.

1.º passo - marcação dos eixos e do triângulo fundamental.
Os ângulos dos eixos são marcados segundo os dados do exercício (tendo em atenção que o eixo z é vertical, o x para a esquerda e o y para a direita), e o triângulo fundamental tem os seus lados perpendiculares aos eixos (como indicado na figura).
2.º passo – fazer uma paralela a um lado do triangulo fundamental
Devemos usar o lado do triangulo que está assente no plano axonométrico que queremos rebater (neste caso o xy).
3.º passo – marcar os pontos X’r e Y’r
Fazendo para isso uma paralela ao eixo que não estamos a rebater (neste caso o z).
4.º passo – dividir o segmento X’r Y’r ao meio
Para isto devemos utilizar o compasso.
5.º passo – fazer um semi-circulo (para o lado do “O”)
Ponta seca do compasso no centro do segmento X’r Y’r, abrir até X’r (ou Y’r) e riscar.
6.º passo – prolongar o eixo que não estamos a rebater para marcar o “Or”
7.º passo – fazer os eixos axonométricos rebatidos
Riscar do X’r ao Or teremos o eixo xr, riscar do Y’r ao Or teremos o yr.
Com o plano axonométrico rebatido já poderemos fazer a nossa figura em verdadeira grandeza, mas isso deixo para vocês.

Não esquecer que para rebater qualquer outro plano axonométrico bastará seguir estas instruções, com as respectivas correcções ao nível dos pontos utilizados. Estas instruções são independentes da axonometria ortogonal utilizada, não interessa se é isométrica, se é dimétrica ou trimétrica, o processo é sempre o mesmo. E existem outros modos de rebater os planos axonométricos, mas este parece-me o mais fácil de utilizar e de aplicar, pelo menos os meus alunos assim o dizem, mas se estiverem interessados noutro qualquer método de rebatimento, farei os possíveis para o explicar aqui.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Diagramas de esforços em estruturas isostáticas - esforço transverso (V) 2

Caso 2 - cargas distribuídas
Como no caso anterior apresento o diagrama de corpo livre (D.C.L.) que servirá de base para a nossa exemplificação. Novamente, já se encontram enumerados todos os esforços não havendo necessidade de cálculos.

Um diagrama deste tipo vai sempre buscar os dados às forças aplicadas. Vamos utilizar o mesmo método. Começando sempre da esquerda para a direita vamos colocar a 1ª força aplicada, 8 KN. Sempre no sentido da força, neste caso para cima (sentido positivo).

Aqui é diferente do caso anterior (cargas concentradas), pois neste caso temos uma força aplicada de 4KN por cada metro (e o sentido dessa força é negativo, para baixo). Então será isso que irá acontecer, o nosso gráfico irá descer 4KN por metro…

No final o que iremos ter será uma recta com um declive de -4 (por metro). O que irá dar no final dos 4 metros os -8 KN (a descida total foi de 4KN/m x 4 m=16KN ).
Para terminar o gráfico bastará aplicar a ultima força no sentido da mesma (8KN, para cima).
E obtemos um diagrama deste tipo.
Este foi um exemplo simples, como o anterior, mas poderá ser aplicado em todas as cargas distribuídas.

Agora para quem tem matemáticas, uma maneira simples de relacionar os diagramas de corpo livre com os diagramas de esforços transversos é não esquecer que a função dos D.C.L. é a derivada da função dos D.E.T. Assim neste caso temos que a função dos D.E.T. é:
f(x)=8-4x (equação de 1º grau)
(numa qualquer maquina gráfica irão obter um gráfico semelhante ao indicado).
Agora derivando esta função temos que:
f’(x)=-4 (constante)
Esta função será o gráfico do D.C.L. (tendo em conta que o gráfico das forças aplicadas para baixo é negativo).
Então se a f(DCL) é a derivada de f(DET) então temos que f(DET) é a primitiva de F(DCL), e como tal, sabendo o D.C.L. poderemos saber logo o gráfico da função dos D.E.T., independentemente do grau da função. Mas esta matéria desenvolveremos noutra altura.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Visibilidades e invisibilidades em dupla projecção ortogonal

Muitos alunos em geometria descritiva têm, por vezes, em dupla projecção ortogonal, alguma dificuldade de visualização de sólidos no espaço. Para esses torna-se algo difícil a percepção das visibilidades e invisibilidades de um sólido.
Para esses sumarizei algumas regras base. Mas atenção, estas regras são falíveis, são apenas uma ajudar para ajudar na visualização do objecto.

Para demonstrar a aplicação das regras vamos seguir este exercício de uma pirâmide pentagonal oblíqua assente num plano horizontal (de nível).
Regra 1 – O contorno é sempre visível.
Começando pela projecção frontal (a “de cima”, os “2’s”), vamos unir os pontos do contorno, neste caso C2, V2 e A2.
Regra 2 – O ponto mais longe do eixo de x (na outra projecção) é sempre visível, logo todas as rectas e arestas que passam por ele também são visíveis.
Agora, que estamos a desenhar as invisibilidades na projecção frontal, vamos olhar para a projecção horizontal, e ver que o ponto mais distante do eixo de x é o ponto B (neste caso o B1), assim sabemos automaticamente que a aresta B2-V2 é visível.
Regra 3 – O ponto mais perto do eixo de x (na outra projecção) é sempre invisível, todas as rectas e arestas que passam por ele também são invisíveis, excepto se infringirem alguma das regras anteriores.
Podemos ver que o ponto mais perto do eixo de x é o ponto E (neste caso o E1), logo, e porque não infringe nenhuma das regras anteriores, a aresta E2-V2 é invisível.

Regra 4 – Aqui torna-se tudo mais difícil, continuando a desenhar as invisibilidades na projecção frontal vamos ver quais os pontos do contorno, neste caso são os pontos C2, V2 e A2. Vamos olhar para a projecção horizontal e perceber que os pontos do contorno (C1 e A1) definem o que é visível e invisível, ou seja os pontos que estejam mais perto do eixo de x são invisíveis, e os que estejam mais distantes do eixo de x são visíveis, isto partindo claro dos pontos de contorno.
Seguindo esta regra percebemos que os pontos D2 e E2 (e as respectivas arestas) são invisíveis, e que o ponto A2 (e a sua respectiva aresta) é visível.
Esta regra pode ser usada em substituição das regras 2 e 3.


Concluídas as visibilidades e invisibilidades na projecção frontal, passamos para a projecção horizontal, e aplicamos a regra 1 (o contorno é sempre visível).

Agora seguindo a regra 2 (ou 4) vemos que o ponto V2 é o mais distante do eixo de x, logo o ponto V1 e todas as rectas e arestas que por ele passam também são visíveis.
Concluímos assim estas visibilidades e as invisibilidades. Novamente menciono que estas regras são falíveis (por vezes resultam soluções erradas), são apenas uma ajudar para ajudar na visualização, e devemos sempre procurar perceber como é que se encontra a figura no espaço e deste modo traçar as visibilidades e as invisibilidades .

domingo, 10 de maio de 2009

Diagramas de esforços em estruturas isostáticas – esforço transverso (V)

O esforço transverso é um esforço que age no sentido de cortar a barra (algo como o funcionamento de uma tesoura ao cortar o papel) representa forças aplicadas a cada um dos lados da secção perpendiculares ao eixo da barra.

Começo por referir que a convenção dos esforços positivos da secção estipula que o positivo é quando a força à esquerda da secção é para cima e a força à direita é para baixo, como representado no esquema abaixo.


CASO 1 - cargas concentradas
Este diagrama de corpo livre (D.C.L.) servirá de base para a exemplificação dos diagramas de esforço transverso com forças concentradas. No D.C.L. já se encontram enumerados todos os esforços não havendo (neste caso) necessidade de qualquer cálculo.
Um diagrama deste tipo vai buscar todos os seus dados às forças aplicadas. Começando sempre da esquerda para a direita vamos no nosso diagrama pôr a 1ª força aplicada, os 7,5 KN, no sentido da força (neste caso para cima).
Como não existem forças aplicadas não há qualquer variação do diagrama.
Quando chegamos a 1m temos uma força aplicada de 10KN no diagrama vamos indicar essa força, novamente com a direcção da força (para baixo) e com a intensdade da força (10 KN). O resultado no diagrama será: 7,5KN-10KN=-2,5KN (o 10KN é negativo porque a força é para baixo).
Não existem, novamente, forças aplicadas, logo não há variação do diagrama.
No final da barra temos aplicada uma força de 2,5KN (para cima), a qual vai ser representada no diagrama.
Assim ficará o resultado final.
E este exemplo apesar de simples pode ser aplicado para quaisquer cargas concentradas.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Cursos e Worshops

Em colaboração com a Associação Cultural e Artística Elucid'Arte, foram desenvolvidos alguns cursos e workshops, que aproveito para divulgar.

Workshop de Arquitectura «Avenida Luísa Todi – Fachadas e Identidades» Já realizado
4 e 8 de Abril (sábado e 4.ª feira, durante todo o dia)

Este workshop, destinado a Estudantes de Arquitectura, tem como esparealizada em duas sessões, pretende-se desenvolver a criatividade e o interesse dos participantes ao nível do edificado e da sua interferência na percepção do espaço público. Pretende-se também consciencializar os participantes sobre a importância do património cultural e do aspecto físico da cidade enquanto elementos constituintes da identidade local.
Do ponto de vista prático e do trabalho a desenvolver, os participantes serão levados a escolher um dos edifícios da Avenida Luísa Todi, a formalizar um programa funcional e a apresentar uma proposta devidamente sustentada de reabilitação/reestruturação/reconstrução do imóvel de modo a melhor integrá-lo na paisagem urbana. Como resultado final do trabalho desenvolvido serão realizados painéis A1 de apresentação do mesmo.

Workshop de Arquitectura «Laboratório Urbano – Largo dos Defensores da República»
2, 3 e 4 de Setembro (4.ª feira, 5.ª feira e 6.ª feira, durante todo o dia)

O «Laboratório Urbano» surge no sentido de promover a discussão pública, o debate de ideias, e promover a criação de novas soluções urbanas para a cidade de Setúbal.
Este workshop, para estudantes de arquitectura, tem o objectivo de potenciar a reflexão, o interesse e a criatividade dos participantes em torno do Espaço Público do Largo dos Defensores da República, em Setúbal. Pretende-se desenvolver também preocupações nas relações entre espaço público e instituições públicas (Museu do Trabalho, Claustros do Instituto Politécnico de Setúbal) e entre o espaço público e elementos patrimoniais (materiais e imateriais).
Do ponto de vista prático, os conhecimentos e competências trabalhados teoricamente serão aplicados na concepção de ideias para a reabilitação do espaço do Largo dos Defensores da República, com o intuito de, ao serem criadas propostas de reformulação deste espaço, suscitar e iniciar a discussão pública em torno desta questão.
Preço de Inscrição: 40€

Workshop de Introdução à Arquitectura «O Pensamento da Mão»
2 e 3 de Julho (3.ª feira e 4.ª feira, de manhã)

Este workshop, destinado a um público com idade igual ou superior a 15 anos, estudantes do ensino secundário com interesse na área da Arquitectura, pretende introduzir nos participantes alguns dos conceitos e dos elementos da composição arquitectónica. Pretende-se desenvolver, além de um crescente gosto pela área da arquitectura, noção básicas de composição, proporção e harmonia, para deste modo facilitar aos jovens alguns dos conceitos da sua futura formação superior.
Os participantes, ao longo das duas sessões do workshop, serão levados a explorar criativamente alguns dos conceitos arquitectónicos aqui apreendidos e, através de experimentações, apresentar uma pequena proposta em forma de modelo tridimensional (maqueta).
Preço de Inscrição: 10€

Curso de Verão: Introdução ao Desenho
Carga horária: 32 horas (total de 16 sessões de 2 horas cada)

Este curso procura desenvolver, nos participantes, capacidades de desenho à mão livre de objectos do tamanho da mão, objectos de fácil manuseamento e que se encontram ao alcance de todos. Procura também tornar-se um instrumento de aquisição de conhecimentos para todos aqueles que têm manifesto interesse na área do Desenho, apesar de não dominarem as suas técnicas.
Pretende-se que os participantes desenvolvam a capacidade de observação, a habilidade e o conhecimento do acto do Desenho, que concebam o acto do Desenho como um instrumento consciente e essencial. Ver, conceber e pensar o desenho para criar ou comunicar.
O Curso de Introdução ao Desenho consiste numa primeira abordagem ao desenho de objectos tridimensionais à escala da mão e a metodologia inclui lições teóricas e, essencialmente, exercícios práticos acompanhados. Estes exercícios serão desenvolvidos em consonância com as competências de cada participante, de modo a facilmente atingirem os objectivos.
Destinatários: Público em geral, com gosto pelo desenho, a partir dos 15 anos.
Preço de inscrição: 75 €


Para mais informações:
http://www.elucidarte.blogspot.com/
elucidarte@gmail.com
96 722 82 97
96 000 24 22

Olá a todos

Com o advento das novas tecnologias já ia sendo altura de possuir um blog dedicado aos meus alunos e às suas inúmeras dúvidas.

Aqui vou procurar esclarecer algumas dúvidas expostas e apresentar alguns exercícios resolvidos e comentados (comentados por mim mas não resolvidos por mim, espero) de modo a auxiliar o mais possível os interessados.

Para exporem dúvidas basta mandar um email para rui.explicador@gmail.com indicando nome, disciplina e a descrição do problema.

Os futuros alunos poderam contactar-me para mais informações, tais como preço e disponibilidade.